INCLUSÃO SOCIAL
O UniRitter está inserido em áreas de grande vulnerabilidade social e com pouco acesso da população às atividades de Arquitetura e Engenharia. O campus zona sul como exemplo, localizado no bairro Santa Tereza que possui 55.505 habitantes[1], representando 3,94% da população do município. Desses habitantes 20% dos domicílios têm rendimento domiciliar per capita até 1/2 salário mínimo e 5% são considerados domicílios indigentes com rendimento domiciliar per capita até 1/4 salário mínimo.
O bairro possui um dos índices mais elevados da cidade em moradias em favela, representando 49,42% de sua população. Segundo os dados do IBGE 45,45% dos domicílios são de moradia precária, com um valor absoluto de 7813 unidades. Os dados de infraestrutura indicam também a necessidade de atuação de profissionais na área, por exemplo, 565 unidades estão em área de esgoto a céu aberto, com problemas de saneamento, saúde e sustentabilidade sérios a serem investigados e propostas soluções.
A partir desses dados é possível constatar a importância de ações Institucionais junto a sua comunidade local na zona sul, assim como levantar dados das comunidades adjacentes dos demais campi para atuação em projetos de habitação de interesse social, projetos urbanos e de paisagismo, e de melhorias de condições de vida e saneamento. O campo de atuação que se abre, interessa diretamente às faculdades de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil, mas demandará a colaboração de vários outros.
O Escritório Modelo faz parte da estratégia de Formação diferenciada dos nossos alunos alinhado com as linhas de formação da Escola, proporcionando espaços de integração de áreas num ambiente compartilhado e interdisciplinar de desenvolvimento tecnológico e social, e de pesquisa e inovação.
O Escritório Modelo é uma das formas de aprendizagem de núcleos de conteúdos e desenvolvimento de habilidades e competências dos discentes, assim como parte da integralização da extensão prevista no Plano Nacional de Educação de 2014 em sua meta 12.7 no anexo da referida lei. O local e o Projeto passam a ser um ambiente de troca de experiências e formação nas áreas da Escola, no qual os estudantes compartilham com as comunidades conhecimentos específicos, e retornam à comunidade acadêmica o conhecimento apreendido, buscando a formação de agentes comprometidos com a responsabilidade social, desenvolvendo habilidades e competências além da sala de aula, integralizando o seu aprendizado de forma prática e significativa através da ação reflexiva e a reflexão sobre a ação.
Além da necessária conscientização do papel social da Arquitetura e da Engenharia Civil, que começa nas Instituições de Ensino, a ação tem apoio através da Lei da Assistência Técnica Gratuita (Lei nº 11.888/08) que permite assistência para famílias de baixa renda, podendo ser desde simples melhorias até projetos arquitetônicos completos e de engenharia civil, assim como projetos de urbanização, ruas e parques.
[1] Segundo o IBGE, a população do bairro Santa Tereza representa 3,94% da população do município. Com área de 5,56 km², representa 1,17% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 9.982,91 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 4,73% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 3,48 salários mínimos.
